olá!

Esse blog tem o intuito de divulgar a orquidofilia, através de fotos, dicas de cultivo, nutrição, controle de pragas e doenças das orquídeas! Seja bem vindo e participe!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
















mais algumas
















algumas floridas
















adubação em orquídeas

As orquídeas na natureza, recebem os nutrientes necessários para seu desenvolvimento através do chuva, que por escorrimento nos troncos e pedras leva materias orgânicos decompostos, levando a nutrição dessas plantas. Quando as cultivamos em vasos, placas, etc, as plantas não contam mais com esse escorrimento, e aí cabe ao orquidófilo o fornecimento dos nutrientes necessários para o desenvolvimento das orquídeas. Os nutrientes considerados essenciais (nutrientes que na ausência a planta não realiza seu ciclo completo de vida), são divididos em dois grupos, os macro e micronutrientes, essa classificação não é pela importância, e sim pela quantidades requeridas pelas plantas, os macronutrientes são demandados na ordem de gramas por quilo de matéria seca, isto é, para o perfeito desenvolvimento da orquídea é necessário tantas gramas do elemento x para cada quilo de (raízes + folhas + flores + frutos) sem água, e os micronutrientes são demandados na ordem de miligramas por quilo de matéria seca. Para várias culturas comerciais, como milho, soja, feijão por exemplo, a pesquisa já descobriu a necessidade de cada um dos nutrientes para cada uma delas, mas no caso das orquídeas, fica mais difícil, além de que cultivamos espécies diferentes, e com certeza as mesmas demandam quantidades diferentes de nutrientes, e cabe a nós balancear uma adubação afim de atingirmos uma média das necessidades. Os macronutrientes são: C (carbono), H (hidrogênio), O (oxigênio), esses três são fornecidos pela água e o ar, portanto não há necessidade de preocupação com a adubação dos mesmos, N (nitrogênio), P (fósforo), K (potássio), Ca (cálcio), Mg (magnésio) e S (enxofre). Os micronutrientes são: B (boro), Cl (cloro), Cu (cobre), Fe (ferro), Mn (manganês), Mo (molibdênio) e Zn (zinco). O Si (silício) já teve sua essencialidade comprovada para diversas culturas, principalmente monocotiledôneas, e como as orquídeas são monocotiledôneas, certamente é essencial também.
Os orquídeas são plantas de metabolismo lento, portanto sua nutrição deve ser de acordo com seu metabolismo, isto é, devemos fornecer os nutrientes de forma graduada, em quantidades que a planta possa absorver.
A nutrição com os macronutrientes é fornecida principalmente através da decomposição do substrato e adubação com compostos orgânicos (bokashi, etc), pois é através das raízes que a orquídea consegue absorver esses nutrientes que são demandados em grandes quantidades, porém é muito interessante fazermos uma complementação com aplicações foliares, principalmente nas épocas de maiores demanda, como as brotações, florescimento, etc, sendo que na época de dormência (muito comum na maioria das espécies), essa complementação é menos importante, porém no meu ponto de vista, indispensáveis. A nutrição com micronutrientes também é fornecida pela decomposição do substrato, porém, em função da origem do substrato (fibra de coco, esfagno, casca de pinus), esses materias podem ser mais ou menos ricos em determinados micronutrientes, sendo a adubação foliar muito importante para o perfeito fornecimento dos mesmos.
No mercado existem diversas opções de fertilizantes foliares, no meio orquidófilo o peter´s é muito difundido, é um bom fertilizante, mas não é o único. Existem no Brasil mais de 1.500 empresas de fertilizantes foliares. Eu tenho preferência por fertlizantes foliares líquidos quelatizados, pois os mesmos podem reunir na mesma formulação elementos incompatíveis, já nos fertilizantes sólidos na grande maioria isso não ocorre, sendo necessária a aplicação dos elementos incompatíveis separadamente. Alguns produtos líquidos também oferecem carbono orgânico na formulação, nada mais é que matéria orgânica em suspensão junto com os demais nutrientes, matéria orgânica similar à aquela que escorre pelos troncos na natureza. O mais importante de tudo é adequar sua adubação à sua disponibilidade de tempo. Eu gosto de adubar semanalmente, mas disponho de tempo para isso. O importante é a regularidade, se você só pode adubar uma vez por mês, adube uma vez por mês, porque a adubação ocasional pode ser prejudicial, pois desbalanceia o metabolismo da planta e cria radicais livres circulando na seiva, o que acaba atraindo insetos sugadores (cochonilhas e tentecoris). Outra coisa importante é o manejo do N, pois o mesmo é um excelente estimulante do crescimento, porém se usado em excesso pode fazer com que a planta cresça demais e fique flácida. Associar Ca e Si na adubação com N ajuda bastante, pois os mesmos conferem uma maior turgidez dos tecidos além do potássio. Tudo balanceado é o mais importante. Qualquer dúvida em adubação, entre em contato eszotelli@yahoo.com.br

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Mudança dos nomes das orquídeas

Muitos orquidófilos se irritam com as mudanças dos nomes das orquídeas. Eu não. Na verdade orquidologia e orquidofilia são completamente diferentes. A ciência busca a melhor classificação dos seres vivos, e isso não é diferente com as orquídeas. No século 19, naquele febre de naturalistas desvendando os segredos dos novos mundos, muita coisa foi classificada errada, por pressa, por desconhecimento ou por pura vaidade. O que se faz hoje através de uma pesquisa muito mais avançada que na época das descrições, é classificar as orquídeas em grupos que realmente tem coisas em comum, e para nós orquidófilos, pouco importa se aquela espécie que parece ser parente próxima de outra para pertencer ao mesmo gênero não é, pois simplesmente tem um calo a mais no labelo que nem conseguimos enxergar direito, mas para a ciência isso faz a diferença e elas não podem pertencer ao mesmo gênero. O que a ciência faz é tentar melhorar, agrupando as plantas com suas características, e o orquidófilo acha que a ciência está a atrapalhar. Podemos chamar nossas plantas pelo nome que bem entendermos, isso não muda nada na orquidofilia. O nome correto, ou o antigo, permanecem válidos na orquidofilia. Se você se chateia que sua Laelia flava passou a se chamar Hoffmanseggella flava, que se dane, continue a chamar pelo nome que lhe convém.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Associações Orquidófilas

As associações orquidófilas são um importante meio de disseminação da orquidofilia responsável (aquela que não preda os ambientes naturais, adquirindo apenas plantas cultivadas), pela difusão de conhecimento e a organização de exposições. Se você é orquidófilo iniciante ou mesmo já cultiva a vários anos, faça parte da associação da sua cidade ou crie uma, pois ali estarão orquidófilos que poderão te ajudar nas suas dúvidas de cultivo, já que vocês compartilham das mesmas condições climáticas.

porque cultivamos orquídeas?

Porque cultivo orquídeas? Essa questão já me foi feita inúmeras vezes, já que existem tantas espécies de plantas diferentes, porque escolhemos estas? No meu caso, desde criança, cresci tendo em casa uma única planta, uma touceira enorme de Cattleya (loddigesii x harisoniana), mas foi aí que iniciou-se minha identificação pelas orquídeas. Depois cresci, fui morar na minha casa, e numa feira avistei uma barraquinha com orquídeas, foi uma atração instantânea, sem conhecimento nenhum adquiri duas plantas (e que tenho até hoje), Microlelia lundi e Anacheilium fragrans. Não consigo entender, mas elas me fascinam. De lá pra cá, não parei mais, adquiria plantas no atacado, sem focar a coleção, simplesmente comprava o que me agradava. Depois de algum tempo e vários reais gastos, fui descobrindo o que me agradava mais, e com a falta de espaço, fui me desfazendo de algumas para dar espaço a novas. Hoje tenho cerca de 800 orquídeas, de 700 espécies diferentes, e os gêneros que mais me agradam são: Dendrobium, Bulbophyllum, Angraecum, Coelogyne, Eria, Epidendrum, Encyclia e Anacheilium, coincidência ou não, a maioria são gêneros exóticos da Ásia. Mas você, colecionador de uma ou milhares, também entende esse loucura que é colecionar orquídeas, sempre na expectativa de uma nova florada ou um novo bulbo e assim vai, e a compulsão de sempre querer encontrar algo novo pra coleção!