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Esse blog tem o intuito de divulgar a orquidofilia, através de fotos, dicas de cultivo, nutrição, controle de pragas e doenças das orquídeas! Seja bem vindo e participe!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Absorção de nutrientes via foliar

Existe um corrente que insiste em afirmar que orquídeas não absorvem nutrientes pelas folhas, o que é uma grande bobagem. Todas os vegetais superiores absorvem nutrientes pelas folhas, através de vários mecanismos, que relatarei mais adiante. Falando muito resumidamente da anatomia foliar, a folha é composta basicamente por três tecidos, a epiderme, mesófilo e tecidos vasculares. A epiderme é o tecido mais externo da folha, seguido pelo mesófilo e tecidos vasculares. A epiderme é recoberta pela cutícula, camada cerosa que protege a folha contra a perda de água e ataque de pragas e doenças. Para termos eficiência na adubação foliar, é necessário que a solução aplicada (adubo + água), atravesse a cutícula até atingir os tecidos vasculares e aí entrar no metabolismo da planta. A absorção se dá em toda a extensão da folha e não só pelos estômatos como se afirma. Existem dois tipos de absorção foliar, a ativa e passiva, resumindo a absorção ativa consome energia para ocorrer, e a passiva não. Dentre as absorções existem algumas modalidades, mas não vem ao caso a descrição das mesmas, já que são mecanismos complexos e de pouco interesse orquidófilo.
Para uma eficiente adubação foliar, é necessário atentar a alguns fatores que contribuem para a eficiência da mesma, como os descritos abaixo:
hidratação da planta: plantas bem hidratadas possuem as folhas mais permeáveis para a absorção da solução, portanto o ideal antes da adubação é irrigar as orquídeas e assim que as folhas secarem aplicar a solução.
Idade da folha: folhas velhas são menos eficientes na absorção da solução, por apresentarem cutícula mais espessa e menor metabolismo, porém não devem deixar de receber a adubação.
Luz e temperatura: normalmente a absorção da solução é maior na presença de luz e alta temperatura, sempre respeitando a umidade relativa do ar, que deve estar alta no momento da aplicação, além de se evitar os horários mais quentes do dia, pois a água da solução pode evaporar antes da absorção e a concentração de solutos pode se tornar tóxica.
pH: de maneira geral pH abaixo de 7 são recomendados para aplicação de fertilizantes foliares.
pulverização: para um melhor aproveitamento da solução aplicada, o ideal é que as folhas sejam pulverizadas por cima e por baixo, uniformemente, além dos pseudobulbos, porém deve-se evitar o escorrimento excessivo da solução. O uso de adjuvantes, como espalhante adesivo é interessante na homogeinização da aplicação.